terça-feira, 11 de dezembro de 2018

DEZEMBRO DE 2018

ESTAMOS A CAMINHO DE BELÉM! AO LONGE JÁ SE VÊ UMA LINDA ESTRELA...

O perene Natal!


A pequena Alice foi passar as férias de Natal na casa de sua avó. A vovó Morgana a esperava com grande alegria para construir com sua netinha um belíssimo presépio de Natal.
Logo que a Alice chegou a vovó já foi colocando a enorme caixa sobre a mesa. Os olhos da menina brilhavam, tamanha era a curiosidade para saber que mistério havia naquela caixa tão grande.
-          Vovó, posso abrir a caixa?
-                     Calma, minha pequena, nós vamos juntas desvendar este mistério!
Abrindo lentamente a parte superior da caixa, a vovó começou a contar a mais bela história que já se ouviu até hoje!
Era uma vez... o Natal...
Nesta atmosfera celestial, a vovó foi tirando peça por peça de um lindo presépio, todo talhado em madeira. Os Anjos, Maria, José, o Menino Jesus, o burrinho, os pastores, as ovelhinhas, Reis, não faltava nada e cada pecinha tinha uma história.
Montado o presépio, os olhos da pequena Alice e da Sra. Morgana irradiavam uma luz sem igual, eram como as estrelas que com seu brilho iluminavam a noite na pobre gruta de Belém.
O silêncio sagrado que perpassava aquele momento, foi interrompido pela pequena Alice:
-                     Vó, é tudo tão lindo, que contemplando este presépio dá vontade de transformar todos os dias em dais de Natal!
Neste momento, a Sra. Morgana não conseguiu mais conter as lágrimas, e depois de uma breve pausa, disse:
- Óh, minha pequena, seu avô, ao construir este presépio, queria ter concretizado o que acabaste de falar esculpindo num grande portal a expressão: PERENE NATAL! Mas, infelizmente...
Entre lágrimas, a vovó pegou uma última peça que ainda havia no fundo da caixa e continuou:
- Teu avô começou a construir este presépio quando tua mãe nasceu, para causar-lhe uma alegria no Natal. Mas logo explodiu a 2ª Guerra Mundial e ele teve que ir para o “front”. Lá, nas trincheiras, no trem e nas longas noites de inverno, ele continuou esculpindo o presépio. Cada peça que ele enviava vinha acompanhada por uma bela carta e no final a expressão: “Somente quando todos os homens viverem o perene Natal, teremos novamente a paz!”  Assim, pouco a pouco fui montando o presépio aqui na sala, os meses passavam muito rápido, todas as noites, com tua mãe, ainda bebê em meus braços eu rezava diante do presépio suplicando que acontecesse o PERENE NATAL, para que teu avô pudesse voltar para casa. Eu não entendia o que ele queria dizer com esta expressão, só tinha em meu coração a saudade de tê-lo novamente entre nós.
A última peça que recebi dele em vida foi o Menino Jesus, e ela chegou justamente no dia 24 de dezembro. Na saudação de Natal seu avô escreveu: “Já que não posso passar o Natal com vocês, envio o Menino Jesus, Ele transforma toda tristeza em alegria! Querida Morgana, continua rezando com o pedido que se realize o perene Natal no coração de todos os homens, pois só esta Criança é capaz  de acabar com tanto ódio e destruição! Dê um grande abraço em nossa pequena! Estou com saudades! Feliz Natal! Com amor, Orlando.”
Alice estava emocionada com a história que sua avó contava, nunca imaginava que por traz daquele presépio existisse uma história tão, tão...
Sra. Morgana levantou, pegou uma foto do avô que estava na estante e contemplou-a, continuando:
- Bem, Alice, teu avô que tanto suplicava pelo perene Natal, faleceu na Noite Santa, após ter participado clandestinamente da Santa Missa, celebrada por um jovem Sacerdote que se encontrava no front com ele. Este Sacerdote escreveu-me contando que após a Santa Missa teu avô havia se dirigido para fora da barraca e contemplando as estrelas talhava este portal com a inscrição PERENE NATAL, quando, então, foi surpreendido com uma bomba. Com a carta o Sacerdote enviou-me também o portal que ficou inacabado.
A pequena Alice interrompeu:
-  E o presépio, vovó, porque a senhora o deixou guardado por tantos anos?
 - Porque pensei que o perene Natal jamais pudesse acontecer! Mas agora, olhando o brilho de teus olhos, vejo que o perene Natal se constrói a cada dia, em cada ato feito com amor!
- Sim vovó, dá-me aqui este portal! Vamos colocá-lo junto do Menino Jesus, Ele é a expressão da saudade que o vovô trazia em seu coração. De hoje em diante, o deixaremos sempre aqui na sala para recordar-nos que o PERENE NATAL tem que começar em nós!!!







Nenhum comentário:

Postar um comentário